Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre HEALTH CLAIMS EM ALIMENTOS, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

domingo, 24 de maio de 2009

"Nomenclatura da informação ao consumidor: o caso dos alimentos vitaminados"

-XXIV JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA e XIV JORNADA DE INICIAÇÃO ARTÍSTICA E CULTURAL -

Área de conhecimento: Bromatologia

Autores: Nicolich, R.
Orientador: Carvalho, L.E.

Data: Novembro/2002
Tipo de apresentação: Oral

Resumo: O objetivo desta pesquisa foi o de identificar e classificar a terminologia adotada, pelas indústrias de alimentos, e estabelecida ou tolerada pela legislação sanitária, para informar o consumidor, através da rotulagem, sobre teores e adições de vitaminas nos alimentos industrializados.

Foram inspecionados os rótulos de todos os alimentos comercializados em tres hipermercados existentes no Rio de Janeiro, em julho de 2002. Dentre esses alimentos adicionados de vitaminas, que traziam tal informação no rótulo frontal, observou-se a adoçaõ de 18 diferentes terminologias, sendo as mais frequentes: Fonte de Vitamina(s) "x" (17%); Vitaminado (13%); Rico em Vitamina(s) "x" (10%); Enriquecido com Vitamina(s) "x"; e Rico em Vitaminas (8% cada).

As 18 diferentes terminologias, adotadas nos rótulos, foram comparadas com o que estabelece a legislação brasileira, de onde foi possível concluir que: a. as adições não foram feitas para repor perdas, nem para combater carências nutricionais específicas da população consumidora; b. os produtos com maior frequência de "rotulagem vitamínica" foram: leites fluidos (21%), iogurtes (16%) e biscoitos (14%); c. não existe uma padronização da terminologia adotada, nem do tamanho ou localização desse "nutrition" ou "health claim", o que impede a compreensão do consumidor, sobre esse assunto já, em si, bastante complexo; d. tanto a iniciativa da adição das vitaminas, quanto a forma como isso é informado nos rótulos, expressam não se tratar de uma medida de caráter nutricional, mas apenas de uma estratégia mercadológica, que está provocando prejuízos econômicos e, talvez, até mesmo sanitários, ao consumidor. Em função destas conclusões, recomenda-se a imediata revisão da legislação brasileira, estabelecida pelo Ministério da Saúde, iniciando pela padronização da informação nutricional, definindo como e onde devem ser tabulados e anunciados os dados sobre a presença ou eventual adição de vitaminas.